Você sabe o que é coração elástico

coração elástico

O que é coração elástico? Do ponto de vista emocional é a capacidade que a pessoa tem de passar por encontros e desencontros. Ter um coração de elástico é procurar se adaptar as circunstâncias sentimentais.

Do ponto de vista fisiológico, o coração é o mais forte músculo do corpo humano, através de seus batimentos, bombeia o sangue para todos os outros órgãos e tecidos.

Por essa característica, costumamos dizer que o coração humano é como um elástico que se contrai e estica em seus movimentos naturais.

Quando levamos essas características para o ponto de vista emocional, falamos da capacidade que o ser humano tem de passar por momentos muito bons e momentos muito ruins sem, contudo, sofrer um infarto a cada mudança.

As relações sentimentais são capazes de nos levar do céu ao inferno em poucos segundos. Uma frase mal colocada, um bom dia sem entusiasmo ou, a falta de carinho podem nos colocar em alerta e criar uma ansiedade tamanha que nosso coração entra em descompasso e fica acelerado. Tudo isso porque nossa cara metade está em um mal dia.

Só que, para nós, ali no fundo pensamos que o amor está acabando, ou que já não é mais como antes, que logo seremos abandonados, e num frenesi de pensamentos vemos nosso mundo cair e se arruinar sem podermos fazer absolutamente nada para consertar.

Por outro lado, um passeio de mãos dadas, uma mensagem simples no meio da tarde, são capazes de levar-nos ao auge da alegria deixando nosso coração alegre, vívido, batendo como se fosse coração de criança.

E, apesar de todas essas diferenças de sentimentos, ainda não queremos sequer imaginar em estarmos sós. Se um amor se vai, ficamos um tempo de luto. Mas logo queremos de volta a sensação de quase morte de quando nos apaixonamos ou estamos em um relacionamento feliz.

Esticando a mola do coração

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Desejamos testar a mola do coração ao máximo, esticando-a nos momentos felizes e de arrebatamento, e deixando-a frouxa quando apenas contemplamos a vida ou, estamos muito tristes sem conseguir enxergar o brilho verdadeiro do milagre que é, estarmos vivos.

Por quê queremos e precisamos tanto da companhia de alguém? A famosa resposta “porque nascemos para viver em sociedade” não parece satisfatória quando falamos de relacionamentos passionais que mais derrubam do que constroem.

Ainda assim queremos esse sentimento, queremos essa dor. Em muitos casos até procuramos essa emoção, para colocarmos à prova nosso coração.

Vivemos de alegria em alegria, de lágrima em lágrima, de dor em dor. Não queremos jamais ficarmos sem estar em um meio de um turbilhão de emoções.

Queremos o bater descompassado, as borboletas no estômago, a vontade de morrer e renascer a cada sorriso ou palavra de quem amamos.

Alguns médicos nos classificariam como insanos ou, como portadores de bipolaridade e uma grande dose de sadomasoquismo. Mas, o que é a vida sem uma boa porção de altos e baixos como se estivéssemos em uma montanha russa?

Ainda a nosso favor temos a lei de evolução que nos impele a seguir. É proibido retroceder, quando muito, estacionar. O que mais poderia nos auxiliar no processo evolutivo, senão esse viver de emoções contraditórias, essa capacidade de nos reerguermos das cinzas sempre mais fortes a cada episódio?

Quando um amor acaba estamos lá, tempos depois, mais esbeltos, muito mais bem vestidos, com mais uma experiência na bagagem na melhor descrição do “o que não mata me fortalece”.

A vida sentimental exige muito do coração

Isso tudo não faz pensar que o coração já foi criado como ele é justamente para aguentar toda nossa vontade de viver perigosamente a vida sentimental?

Será que, por conta do nosso desejo incontrolável de viver sempre com outra pessoa, já não fomos dotados de um super órgão, capaz de continuar mantendo-nos vivos mesmo quando parece que não temos mais nenhuma esperança?

Usamos toda a capacidade do nosso coração elástico quando amamos, quando odiamos, quando chegamos ou nos despedimos da vida de alguém, quando alguém chega ou se despede da nossa vida, quando nasce um filho, quando morre um pai, quando casamos e divorciamos, quando somos aceitos e depois repelidos, literalmente na alegria e na tristeza.

Se algum dia, estiver em dúvida da capacidade elástica do seu coração, experimente se apaixonar novamente. Pode ser por uma pessoa nova ou por essa mesma que está ao seu lado durante tantos anos.

Seja lá como for nunca você terá tanta certeza de estar vivo como quando sente-se morrer por causa de um sorriso do seu amor.

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