A politica é a canalização das emoções humanas, há quem entre na politica com o objetivo de realizar mudanças que consideram necessárias dentro do ambiente coletivo. Outros o fazem para defender interesses de grupos ou simplesmente para usufruir do poder, da posição de mando, da representatividade.
Mas a grande maioria o fazem por interesses escusos ou com o objetivo de enriquecerem ou aumentarem o seu já vultoso patrimônio. Um caso gritante é do candidato Marcelo Almeida (PMDB-PR) que disputa uma vaga de senador por aquele estado.
Segundo a Justiça Eleitoral, o candidato tem o maior patrimônio dentre os 178 postulantes ao cargo no país. Marcelo Almeida (se segura aí leitor), tem uma coisinha assim de R$ 748 milhões.
Pois é, infelizmente esta é a realidade vigente no Brasil. Um candidato com um patrimônio declarado de R$ 740 milhões de reais vai concorrer ao Senado Federal. Então cabe o questionamento: para que e qual é a sua intenção?
Será que Marcelo Almeida não tem outras coisas para fazer, outros desafios, senão este, que de principio já lança dúvidas sobre a integridade do seu caráter?
Por que será que ele se lançou candidato? Realmente o Brasil se constituiu uma República singular, onde aqueles que se propõe a representá-la usam e abusam da desfaçatez.
Não, não estou proibindo que pessoas com patrimônio alto sejam impedidas de entrar na politica, sejam postulantes a cargos legislativos.
O que me causa estranheza é o fato de cidadãos entrarem na politica e repentinamente terem um aumento de patrimônio brutal, inconsistentes com os salários pagos por seus cargos.
Por que ricos entram na política?
O ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab declarou um patrimônio de R$ 6.536.140,32. Então, perguntamos a você, como um político consegue ficar milionário durante 4 anos de mandato, ou com pouco tempo de vida pública. Aliás, pelo que ganha um servidor público, jamais fica rico e nem tampouco milionário.
Tasso Jereissati (PSDB- CE) tem patrimônio declarado de R$ 389.019.698,60. Torno a questionar para que esses homens querem permanecer na política brasileira? Será que não há outros que possam assumir seus lugares? Esses caras não largam a rapadura de jeito nenhum.
Infelizmente se instalou uma “casta” de aproveitadores e corruptos que mais servem para manipular os incautos, defendendo a seus próprios interesses escusos, essa é a verdade.
A política no Brasil é uma vergonha. A sociedade tem culpa disso. Ainda bem que há os meios de comunicação para informar tudo o que ocorre no Congresso Nacional.
Esses políticos que tiveram seus nomes e bens declarados não têm interesses imediatos para beneficiar a sociedade brasileira. Seus interesses é criar meios para se locupletar de mais corrupção e ficarem mais ricos.
É isso o que acontece há muito tempo no Brasil. Tudo nos faz entender que é por interesses escusos que eles lutam para permanecer nos cargos.
Ninguém tira do seu bolso R$ 12 ou 30 milhões de reais, se durante os 4 anos de mandatos não receberem de volta essa montanha de dinheiro. Sendo a politica a canalização das emoções humanas, é triste constatar que não há mais franciscanos fazendo política.
Devemos escolher bem os nossos representantes, votar consciente, sabendo quem é o candidato, quem ele é, seus propósitos e objetivos, seu passado, sua vida.
Tiremos da mente que todos são iguais, pois se formos pensar assim, não mudaremos a realidade política do Brasil. Em fim, exerçamos o nosso papel, mas com consciência, e de preferência dizendo não a corrupção e ao jeitinho.
José Roberto de Melo
Pr. José Roberto de Melo é Bacharel em Teologia, Advogado, Professor, Escritor e Graduado em Direito |
Juraci Rocha, o editor escreve neste blog com o propósito e expectativa de apresentar o homem, poço de incoerências, um retrato de imprevisibilidade